Ataque aéreo em escolas de Rakhine: uma tragédia que expõe a brutalidade do conflito em Mianmar

Escola destruída em Thayet Thapin, estado de Rakhine, Mianmar, após ataque aéreo da junta militar, com destroços espalhados e poucas pessoas no local.
Destroços de uma escola em Thayet Thapin, Rakhine, Mianmar, após ataque aéreo que matou dezenas de estudantes. A imagem mostra o impacto devastador sobre edifícios e arredores.

Em 12 de setembro de 2025, duas escolas privadas localizadas na aldeia de Thayet Thapin, no município de Kyauktaw, no estado de Rakhine, foram alvo de um ataque aéreo perpetrado pela junta militar de Mianmar. O ataque resultou na morte de pelo menos 18 pessoas, a maioria estudantes com idades entre 17 e 18 anos, e deixou mais de 20 feridos, muitos em estado grave.

O ataque

Segundo relatos da Arakan Army (AA), um grupo armado étnico que luta por autonomia na região, o ataque ocorreu durante a noite, enquanto os estudantes dormiam em seus alojamentos. Bombas de 500 libras foram lançadas por um avião militar, destruindo completamente as escolas Pyinnyar Pan Khinn e A Myin Thit, além de danificar residências próximas.

Repercussão internacional

A tragédia gerou indignação internacional. A UNICEF condenou veementemente o ataque, qualificando-o como uma “brutalidade” e reiterando que crianças e civis são os maiores afetados pelo conflito em Rakhine.

Contexto do conflito

O estado de Rakhine tem sido um dos epicentros do conflito em Mianmar desde o golpe militar de fevereiro de 2021. A junta militar tem intensificado ataques aéreos e terrestres contra grupos étnicos armados, como a Arakan Army, que controla grande parte da região.

Ataques anteriores

Este ataque não é isolado. Em maio de 2025, uma escola na aldeia de Oe Htein Kwin, na região de Sagaing, foi bombardeada, resultando na morte de 22 pessoas, incluindo 20 estudantes e dois professores.

Conclusão

O ataque aéreo em Thayet Thapin é mais uma evidência da escalada da violência em Mianmar e da crescente vulnerabilidade de civis, especialmente crianças, em áreas de conflito. A comunidade internacional continua a pressionar por uma resolução pacífica e pelo fim das hostilidades, mas a situação permanece crítica.

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