
A marinha da Itália, no domingo, estava levando 49 migrantes que havia resgatado em águas internacionais para centros de detenção na Albânia, informou o Ministério do Interior, retomando um plano para reduzir a chegada de migrantes pelo mar, que está envolto em controvérsia legal. O governo de Giorgia Meloni construiu dois centros de recepção na Albânia, sendo o primeiro acordo desse tipo envolvendo um país da União Europeia desviando migrantes para um país fora da UE, mas eles estavam vazios desde novembro após enfrentar oposição judicial.
O ministério informou que uma embarcação de patrulha estava a caminho da Albânia com 49 migrantes a bordo, enquanto outros 53, que também foram resgatados e apresentaram seus passaportes para evitar a realocação imediata, estavam na Itália aguardando a verificação de seu status. A transferência representa uma nova tentativa do governo de implementar sua política após juízes em Roma questionarem sua validade e ordenarem que os primeiros dois lotes de migrantes detidos na Albânia fossem transferidos para a Itália.
A controvérsia em torno do plano, que Meloni vê como uma pedra angular do objetivo de seu governo de limitar a imigração, gira em torno de uma decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia no ano passado, que não estava relacionada à Itália. O Tribunal afirmou que nenhum país de origem pode ser considerado seguro se até mesmo uma parte dele for perigosa, minando a ideia de Roma de deportar para a Albânia migrantes de uma lista selecionada de países “seguros” com a intenção de repatriá-los rapidamente.
O tribunal europeu deverá revisar o plano da Itália nas próximas semanas e esclarecer se ele está em conformidade com a legislação da UE.
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