
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, disse no domingo que esperava que o presidente Donald Trump encerrasse a cooperação dos EUA com o YPG curdo sírio, enquanto a Turquia continuava sua campanha militar contra o grupo, matando 23 de seus combatentes.
O Ministério da Defesa turco disse que os 23 militantes mortos pelas forças armadas da Turquia no norte da Síria pertenciam à milícia YPG e ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão, ou PKK, que está fora da lei.
A Turquia considera o PKK e o YPG como idênticos, enquanto os Estados Unidos os veem como grupos separados, tendo banido o PKK como terroristas, mas recrutado o YPG como seu principal aliado na Síria na campanha contra o Estado Islâmico.
“Esperamos que o Sr. Trump tome uma decisão que ponha fim a esse erro contínuo na região”, disse Fidan em uma coletiva de imprensa em Doha com seu colega do Catar.
Ele disse que o YPG era incapaz de combater o Estado Islâmico e só desempenhava um papel em manter os prisioneiros do grupo na cadeia, acrescentando que a Turquia, o Iraque, a Síria e a Jordânia haviam mantido conversas preliminares sobre o combate ao Estado Islâmico.
A Turquia há muito tempo pede a Washington que retire o apoio ao YPG, e as forças turcas e seus aliados na Síria têm lutado repetidamente com militantes curdos desde a derrubada do presidente sírio Bashar Al-Assad em dezembro.
A Turquia disse que as Forças Democráticas da Síria, ou SDF – um grupo guarda-chuva apoiado pelos EUA que inclui o YPG curdo – deve se desarmar ou enfrentar uma intervenção militar.
Sob a administração do ex-presidente americano Joe Biden, os Estados Unidos tinham 2.000 soldados na Síria lutando ao lado das SDF e YPG.
Faça um comentário