
Na madrugada de 21 de junho de 2025, autoridades de Washington autorizaram uma missão de alta complexidade contra instalações nucleares iranianas. Batizada de Operation Midnight Hammer, a operação foi planejada em sigilo absoluto por um seleto grupo de agentes no Pentágono e no Quartel-General das Forças Armadas dos EUA para o Oriente Médio, em Tampa (Flórida).
Objetivos e Enquadramento
- Sem objetivo de mudança de regime
O Secretário de Defesa, Pete Hegseth, e o Presidente do Estado-Maior Conjunto, Gen. Dan Caine, enfatizaram que a missão não visava derrubar o governo em Teerã, mas sim degradar o programa de enriquecimento de urânio, criando espaço para retomar negociações sobre restrições ao desenvolvimento de armas atômicas. - Foco restrito ao programa nuclear
Em entrevista à NBC, o vice-presidente J.D. Vance afirmou: “Não estamos em guerra com o Irã, mas com seu programa nuclear. Nosso objetivo é evitar que construam uma arma, sem colocar tropas terrestres no terreno.”
Logística e Execução
- Munições e alvos
- Os B-2 lançaram 14 bombas “bunker buster” de 30.000 libras contra três instalações: Natanz, Fordow (em sua caverna montanhosa) e um centro de pesquisa próximo a Isfahan. Ao todo, foram disparados 24 mísseis Tomahawk e outros 51 armamentos guiados de precisão, com apoio de mais de 125 aeronaves de escolta e reabastecimento.
- Longa distância e furtividade
- Sete bombardeiros B-2 Spirit decolaram dos Estados Unidos e, em cerca de 18 horas de voo — graças a reabastecimentos aéreos coordenados —, penetraram o espaço aéreo iraniano completamente despistados pelos radares.
Danos e Avaliação Inicial
- Imagens de satélite
Operadores de inteligência constataram crateras extensas nas estruturas acima do solo; porém, o grau de destruição nas galerias subterrâneas ainda depende de inspeções in loco — que até o momento não foram autorizadas pelo Irã. - Relatórios contrastantes
Enquanto Gen. Caine declarou “danos extremamente severos em todas as áreas atingidas”, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, alertou que a avaliação completa pode levar semanas para confirmar se algum túnel reforçado sobreviveu aos impactos.
Reações e Risco de Escalada
- Postura defensiva americana
- O Pentágono reforçou defesas antiaéreas em bases no Iraque, Síria e Emirados, e instruiu 40 000 tropas na região a manterem estado de prontidão máxima, preparadas para neutralizar qualquer tentativa de ataque direto ou por milícias pró-iranianas.
- Resposta formal de Teerã
- O Parlamento iraniano aprovou por unanimidade medidas para fechar o Estreito de Ormuz, mas o Conselho Supremo de Segurança Nacional ainda não ratificou a decisão. Até agora, o Irã se limitou a lançar mísseis contra Israel em retaliação a ataques prévios, evitando confrontar diretamente os EUA.
Cenários e Desdobramentos Futuros
- Reabertura de negociações
O recuo perceptível de Teerã pode levar a um novo acordo, semelhante ao JCPOA de 2015, com inspeções regulares em troca de alívio parcial de sanções. - Retaliação militar
Um ataque iraniano a bases ou navios aliados forçaria Washington a responder, potencialmente envolvendo Israel e outros parceiros num conflito mais amplo. - Guerra por procuração
Milícias apoiadas pelo Irã, como o Hezbollah, podem intensificar ataques a interesses ocidentais em toda a região, prolongando um conflito de baixa intensidade.
Novas Informações
- Movimentação diplomática
Fontes do Departamento de Estado informam que negociações preliminares estão sendo mediadas pela União Europeia e pela Suíça, com encontros discretos marcados ainda para este mês em Genebra. - Monitoramento via satélite privado
Empresas de observação espacial comercial — como a Planet Labs — reforçaram a vigilância sobre instalações remanescentes em Fordow, aumentando a pressão diplomática ao expor reconstruções clandestinas.
Conclusão
A Operation Midnight Hammer demonstra a capacidade dos EUA de projetar poder de forma cirúrgica, ao mesmo tempo em que tenta equilibrar dissuasão militar e diplomacia. Se Teerã optar pelo diálogo, poderá emergir um novo cenário de controle nuclear no Oriente Médio; se escolher a retaliação, arrisca-se a desencadear uma escalada cujas consequências afetarão a segurança global e os mercados de energia.
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