Zelensky e UE Reforçam Pressão sobre a Rússia após Ataque em Sumy

Volodymyr Zelensky, líderes europeus e Donald Trump durante encontro em Tirana, Albânia, 16 de maio de 2025.
Volodymyr Zelensky e líderes europeus conversam com Donald Trump em Tirana, Albânia, em 16 de maio de 2025, reforçando a pressão por sanções contra a Rússia.Ukrainian Presidential Press Service/Handout via REUTERS

17 de maio de 2025, um drone russo atingiu um ônibus de passageiros na região de Sumy, no nordeste da Ucrânia, matando nove civis e ferindo outros sete. O ataque, que ocorreu horas após o primeiro encontro direto entre delegações russa e ucraniana em três anos, reacendeu o clamor de Kiev e de seus aliados europeus por sanções mais duras contra Moscou e por uma diplomacia efetiva capaz de cessar imediatamente o sofrimento da população civil.

O Ataque em Sumy e Suas Consequências

Um drone russo atingiu um ônibus de passageiros que evacuava civis da região de Sumy, no nordeste da Ucrânia, matando nove pessoas e ferindo outras sete, três delas em estado grave. Autoridades ucranianas qualificaram o ataque como um “assassinato intencional de inocentes”, ressaltando que o veículo não apresentava qualquer caráter militar.

As primeiras conversas entre Rússia e Ucrânia, mediadas pela Turquia em Istambul, não resultaram em cessar‑fogo e limitaram‑se a um acordo de troca de 1.000 prisioneiros de cada lado. Para Zelensky, sem “pressão real” e um pacote de sanções mais fortes, não há incentivos para que Moscou avance em negociações de paz.

Reação Internacional

  • União Europeia: No dia 16 de maio, em Tirana, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou o 18.º pacote de sanções contra a Rússia, incluindo proibições a novos gasodutos, restrições à “frota sombria” russa e redução do teto de preço ao petróleo de Moscou.
  • Reino Unido: O ministro David Lammy acusou Moscou de obfuscação e preguiça diplomática, questionando “até quando toleraremos o cinismo de Putin?”.
  • França: Emmanuel Macron classificou as negociações em Istambul como infrutíferas e pediu “medidas mais incisivas” para proteger os civis ucranianos.
  • Estados Unidos: Apesar de retórica variada, Washington reafirmou apoio à Ucrânia e ainda avalia a extensão de sanções setoriais adicionais.

Cenários e Próximos Passos

  1. Negociações de Alto Nível: O Kremlin admite reunião Putin‑Zelensky somente mediante “acordos concretos” pré‑assinados, em meio a disputas sobre a legitimidade da representação ucraniana.
  2. Pressão Econômica: A eficácia das novas sanções dependerá da coesão interna da UE e do alinhamento com os EUA, além da capacidade de limitar as exportações russas de energia e tecnologia militar.

Conclusão

O trágico ataque em Sumy expõe, mais uma vez, a vulnerabilidade dos civis na atual fase da guerra e evidencia a necessidade de uma diplomacia robusta apoiada por sanções incisivas. Embora a troca de prisioneiros represente um avanço humanitário, sem uma trégua eficaz e a continuidade do apoio internacional — político, diplomático e econômico — a escalada de violência continuará a minar qualquer perspectiva real de paz. A União Europeia, ao anunciar seu novo pacote de restrições, sinaliza disposição de endurecer sua postura, mas o verdadeiro teste será a implementação coordenada dessas medidas junto aos parceiros transatlânticos. Só assim Moscou poderá sentir pressão suficiente para transformar o diálogo em um caminho viável para o fim do conflito.

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