
Em 15 de agosto de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da inauguração da primeira fábrica da montadora chinesa Great Wall Motors (GWM) no Brasil, localizada em Iracemápolis, interior de São Paulo. Este evento simboliza um marco na relação bilateral entre Brasil e China, destacando o fortalecimento dos laços comerciais e a aposta estratégica do país asiático na indústria automotiva brasileira.
Fábrica da GWM: investimento e produção
A nova unidade fabril da GWM foi adquirida da Mercedes-Benz em 2021 e iniciou suas operações com capacidade para produzir entre 20 mil e 30 mil veículos por ano, com previsão de expansão para 50 mil unidades anuais até 2028. A GWM planeja um investimento total de R$ 10 bilhões no Brasil até 2032, focado na produção de veículos híbridos e híbridos plug-in.
Tecnologia híbrida flex e parcerias estratégicas
Um dos destaques do projeto é o desenvolvimento de motores híbridos flex (etanol e gasolina) em parceria com a Bosch, visando adaptar os veículos às características do mercado brasileiro. A GWM também anunciou a construção de um centro de pesquisa e desenvolvimento de 4.000 m² em Iracemápolis, reforçando o compromisso com inovação e nacionalização de componentes.
Impactos econômicos e geopolíticos
O investimento da GWM no Brasil representa uma oportunidade significativa para o fortalecimento da indústria automotiva nacional, com a criação de milhares de empregos diretos e indiretos. Além disso, a parceria com a China contribui para a diversificação das relações comerciais do Brasil, alinhando-se à estratégia de inserção internacional baseada no multilateralismo e na cooperação com países emergentes.
Expansão e futuro da mobilidade elétrica
Segundo projeções da própria GWM, a empresa planeja expandir sua capacidade de produção para até 300 mil veículos por ano no futuro, consolidando-se como um player relevante no mercado de veículos eletrificados na América Latina. Também estão previstos planos de exportação para países com acordos comerciais com o Brasil, como Argentina e México, desde que cumpram os requisitos de origem aplicáveis aos produtos automotivos.
Conclusão
A inauguração da fábrica da GWM em Iracemápolis é um passo estratégico para o Brasil na construção de uma indústria automotiva mais sustentável e tecnologicamente avançada. A parceria com a China não apenas fortalece os laços comerciais entre os dois países, mas também posiciona o Brasil como um hub regional para a produção de veículos híbridos e elétricos, alinhando-se às tendências globais de mobilidade sustentável.
Ao mesmo tempo, a inclusão de ressalvas sobre projeções e referências claras para os dados fortalece a credibilidade do artigo, tornando-o adequado para publicação em um site de geopolítica.
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