
Em 10 de maio de 2025, às 17h IST, Índia e Paquistão concordaram em um cessar-fogo imediato após quatro dias do pior confronto em quase 30 anos na disputada região da Caxemira. O histórico impasse foi rompido por intensas trocas de mísseis, drones e artilharia, com quase 70 mortos no primeiro ciclo de violência.
Papel Diplomático dos Estados Unidos
O presidente Donald Trump saudou o cessar-fogo e ofereceu-se para mediar negociações sobre a Caxemira, prometendo também elevar o comércio com ambas as nações. O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão saudou a iniciativa, ressaltando a necessidade de respeitar o “direito inalienável à autodeterminação” dos caxemires.
Impacto Humanitário
- Deslocados: Mais de 5.000 famílias fugiram de vilarejos fronteiriços, abrigando-se em centros comunitários e escolas.
- Infraestrutura: A usina hidrelétrica de Uri permanece com geração suspensa após ataque de drones, e áreas de Baramulla seguem sob alerta devido a munições não detonadas.
- Civis em Amritsar: Comerciantes, como Satvir Singh Alhuwalia (48), retomaram suas atividades com cautela, aliviados pela trégua, mas ainda receosos de novos confrontos.
Reação da Comunidade Internacional
- Nações Unidas: Saudou o cessar-fogo e apelou por diálogo político duradouro para a Caxemira.
- Outros Mediadores: China, Arábia Saudita e Reino Unido ofereceram apoio diplomático, reforçando a urgência de um acordo sustentável.
Desafios e Perspectivas Futuras
- Próximas Conversas: Comandantes militares de ambos os lados devem se reunir em 12 de maio de 2025 para reafirmar o compromisso com o cessar-fogo e prevenir novas violações.
- Riscos Persistentes: A concessão de “autoridade total” a comandantes indianos para “contra-ataques cinéticos” e o estado de prontidão contínuo da Força Aérea indicam que apenas um novo incidente pode reativar a escalada.
Conclusão
A fragilidade do atual cessar-fogo entre Índia e Paquistão reflete a complexidade do impasse na Caxemira. Embora a diplomacia norte-americana e o apoio de outras potências tenham possibilitado a trégua, a estabilidade a longo prazo dependerá de diálogo político inclusivo, cumprimento de compromissos multilaterais e consideração dos direitos civis dos caxemires. O sucesso desta fase inicial será definido nas próximas conversas de 12 de maio, cujo resultado poderá pavimentar — ou não — o caminho para uma paz duradoura no sul da Ásia.
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