Colômbia Aceita Imigrantes Deportados dos EUA Após Ameaças de Tarifas de Trump

O presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca em Washington, DC, em 20 de janeiro de 2025, e o presidente colombiano, Gustavo Petro, na Cidade do México em 30 de setembro de 2024 [Jim Watson e Yuri Cortez/ AFP].
Donald Trump, presidente dos EUA, na Casa Branca, em janeiro de 2025, e Gustavo Petro, presidente da Colômbia, na Cidade do México, em setembro de 2024.

Em um movimento que destaca as complexas relações entre os Estados Unidos e a América Latina, o presidente colombiano Gustavo Petro cedeu à pressão do governo de Donald Trump, que atualmente cumpre seu segundo mandato na Casa Branca. Após ameaças de tarifas comerciais de até 50% sobre produtos colombianos, Petro aceitou receber de volta imigrantes deportados dos EUA, revertendo sua posição inicial de recusa.

No início das negociações, Petro havia exigido garantias de tratamento digno para os migrantes deportados antes de aceitar os voos de repatriação. No entanto, as ameaças de Trump de impor tarifas econômicas significativas sobre exportações colombianas, como flores e café, levaram a uma mudança de postura. Em um gesto de cooperação, Petro ofereceu até o avião presidencial para auxiliar nos voos de deportação.

A administração Trump comemorou o acordo, afirmando que ele representa um passo importante para a proteção das fronteiras dos EUA e a aplicação rigorosa das políticas migratórias. Um porta-voz da Casa Branca destacou que “a disposição da Colômbia em colaborar demonstra o impacto das políticas firmes do presidente Trump na defesa dos interesses americanos.”

Por outro lado, grupos de direitos humanos expressaram preocupações sobre o impacto desse acordo nos deportados, alertando para a necessidade de protocolos claros que garantam sua segurança e dignidade ao retornar à Colômbia.

O episódio ilustra como as políticas de imigração continuam a ser um tema central nas relações bilaterais entre os Estados Unidos e seus parceiros regionais, com implicações econômicas e sociais profundas.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*