
Dois ataques coordenados em 21 de agosto de 2025 — um helicóptero policial derrubado por drone e um carro-bomba em Cali — marcam uma escalada alarmante na violência colombiana, com grupos dissidentes das FARC utilizando tecnologia de guerra assimétrica.
Ataques Coordenados: O Dia de Terror
Na quinta-feira, 21 de agosto de 2025, a Colômbia viveu um dos dias mais sangrentos do ano:
- Amalfi, Antioquia: Um helicóptero UH-60 Black Hawk da Polícia Nacional foi derrubado por um drone suicida enquanto realizava operações de erradicação de coca. Doze policiais morreram e três ficaram feridos.
- Cali, Valle del Cauca: Um caminhão-bomba explodiu próximo à Escola de Aviação Militar Marco Fidel Suárez, matando seis civis e ferindo mais de 70 pessoas.
O total de vítimas fatais chega a 18, com mais de 70 feridos.
Responsáveis: Dissidências das FARC e Cartel do Golfo
As investigações apontam para duas facções como responsáveis pelos ataques:
- Amalfi: O ataque ao helicóptero foi atribuído ao Frente 36 do Estado-Maior Central (EMC), liderado por “Calarcá”, dissidente das FARC que rejeitou o acordo de paz de 2016.
- Cali: O carro-bomba foi atribuído ao Cartel do Golfo, grupo criminoso envolvido no tráfico de drogas e que atua na região de Valle del Cauca.
A Nova Face da Violência: Tecnologia no Combate
O uso de drones suicidas representa uma inovação nas táticas de grupos armados colombianos. Desde abril de 2024, foram registrados 301 ataques com drones, resultando na morte de pelo menos 22 militares e policiais.
Especialistas alertam para o risco de que a Colômbia se torne um campo de testes para tecnologias de guerra assimétrica, com grupos criminosos adaptando-se rapidamente a novas ferramentas de combate.
Reações e Desafios Institucionais
O presidente Gustavo Petro condenou os ataques como atos de terrorismo e classificou os grupos dissidentes e cartéis de drogas como “terroristas” a serem perseguidos internacionalmente.
As autoridades colombianas reforçaram a segurança nas regiões afetadas e ofereceram recompensas por informações que levem à captura dos responsáveis.
Apesar dos esforços de paz, a violência continua a escalar, refletindo a fragilidade institucional em áreas estratégicas de cultivo de coca.
Conclusão: Uma Nova Era de Conflito
Os ataques de 21 de agosto marcam uma transição na guerra na Colômbia: de confrontos armados convencionais para uma guerra tecnológica assimétrica. A resposta do Estado e da comunidade internacional será crucial para evitar que o país se torne um laboratório de novas táticas de terrorismo e guerra irregular.
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