Na segunda-feira, 28 de abril de 2025, o chanceler-designado Friedrich Merz anunciou seus primeiros nomes para o gabinete, indicando Katherina Reiche como ministra da Economia e Johann Wadephul como ministro das Relações Exteriores. As escolhas revelam uma agenda centrada na revitalização econômica, fortalecimento da defesa e alinhamento diplomático mais assertivo.
Contexto da Coalizão
A aliança CDU/CSU venceu as eleições de fevereiro de 2025 e selou um acordo de coalizão com o SPD no início de abril. Entre as metas principais estão:
- Reviver o crescimento da maior economia europeia em meio a riscos de recessão global;
- Aumentar investimentos em defesa diante de tensões no flanco leste da OTAN;
- Implementar pacote fiscal de €1 trilhão para infraestrutura e defesa, aprovado pelo Bundestag em 17 de março de 2025.
Merz aposta em evitar as disputas internas que abalaram a coalizão anterior de Olaf Scholz, buscando maior coesão e agilidade.
Principais Nomeações
| Ministério | Nomeada / Nomeado | Partido | Citação Oficial / Fonte |
|---|---|---|---|
| Economia | Katherina Reiche | CDU | “A prioridade é garantir energia acessível para famílias e empresas, enquanto aceleramos a transição para fontes renováveis.” — comunicado do Ministério da Economia |
| Relações Exteriores | Johann Wadephul | CDU/CSU | “Wadephul traz consistência e previsibilidade à política externa alemã, algo que aliados valorizam em tempos de incerteza.” — ECFR, 18 dez. 2024 |
| Interior | Alexander Dobrindt | CSU | Linha dura em migração; resposta ao avanço da AfD |
| Digitalização (novo) | Karsten Wildberger | CDU | Marco para modernização digital na economia — Bitkom |
Citações Oficiais
Friedrich Merz, ao anunciar o gabinete, destacou:
“Estamos unidos em torno de um projeto de recuperação econômica e fortalecimento das defesas da Europa.”
Desafios Econômicos
- Cortar impostos para classes média e baixa;
- Reduzir imposto de sociedades para atrair investimentos;
- Baratear energia sem comprometer a transição verde;
- Incentivar a indústria de veículos elétricos;
- Revisar a lei de due diligence na cadeia de suprimentos.
Perspectiva de Defesa e Diplomacia
- Apoio contínuo à Ucrânia e sanções contra a Rússia;
- Reforço das parcerias transatlânticas;
- Clareza estratégica para reduzir dissidências internas.
Riscos e Oportunidades
Oportunidades
- Infraestrutura e digitalização: injeção de capital que pode modernizar setores críticos.
- Coesão transatlântica: alinhamento com EUA e OTAN fortalece posição geopolítica.
Riscos
- Tensões na coalizão: possíveis resistências do SPD a cortes sociais.
- Reação da AfD: endurecimento migratório pode alimentar extremismo.
- Pressão fiscal: aumento da dívida pode elevar custos de financiamento.
Conclusão
O governo Merz inicia com equipe qualificada e metas ambiciosas, mas precisará equilibrar crescimento, coesão política e disciplina fiscal para cumprir seu legado.
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