Gaza em Colapso: Ataques Israelenses Intensificam Crise Humanitária e Falta de Resposta Oficial à Proposta de Cessar-Fogo

Civis deslocados da Faixa de Gaza durante a guerra Israel-Gaza, 2025
Deslocamento forçado de residentes da Faixa de Gaza durante os ataques recentes de Israel.

A situação em Gaza atingiu níveis alarmantes neste sábado, 23 de agosto de 2025, com novos ataques israelenses que resultaram em dezenas de mortes, enquanto a crise humanitária se agrava. Apesar do Hamas ter aceitado uma proposta de cessar-fogo de 60 dias mediada pelo Egito e Qatar, Israel ainda não deu uma resposta oficial, mantendo a população civil em extrema vulnerabilidade.

Ataques Recentes e Números de Vítimas

Nas últimas 24 horas, pelo menos 61 pessoas foram mortas e 308 ficaram feridas em Gaza devido a ataques israelenses, segundo o Ministério da Saúde palestino. Entre as vítimas estão mulheres e crianças que buscavam abrigo em tendas improvisadas em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. Além disso, oito palestinos, incluindo duas crianças, morreram de desnutrição e fome, elevando o número total de mortes por essas causas para 281, das quais 114 são crianças.

Crise Humanitária e Declaração de Fome

A situação humanitária em Gaza continua a se deteriorar rapidamente. A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou oficialmente estado de fome na região, descrevendo a situação como uma “catástrofe provocada pelo homem”. A falta de alimentos, medicamentos e combustível, somada à destruição de infraestrutura essencial, cria uma crise sem precedentes.

Proposta de Israel

Israel condiciona a aceitação de qualquer cessar-fogo a termos rigorosos, que incluem:

  1. Desmantelamento das capacidades militares do Hamas, com redução significativa da capacidade de lançar ataques contra território israelense.
  2. Libertação de todos os reféns israelenses, considerada prioridade máxima pelo governo.
  3. Suspensão imediata de ações militares do Hamas em Gaza, incluindo qualquer atividade organizada de ataque.
  4. Supervisão internacional limitada, garantindo que Israel mantenha controle sobre a execução da trégua.

O ministro da Defesa, Israel Katz, reforçou a postura firme do governo, afirmando que a Faixa de Gaza inteira poderia sofrer consequências graves caso o Hamas não aceitasse essas condições.

Falta de Resposta Oficial de Israel

Embora o Hamas tenha aceitado a trégua de 60 dias, Israel ainda não forneceu uma resposta oficial. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que o governo está iniciando negociações para a libertação de reféns e o fim da guerra, mas sem comprometer-se com a proposta de trégua.

Pressões Internacionais e Apelos por Ação

A comunidade internacional intensifica os apelos por ação imediata para aliviar a crise. O governo suíço expressou preocupação com a situação humanitária em Gaza e pediu ajuda urgente, enquanto o Canadá destacou que civis estão morrendo devido à falta de assistência adequada.

Conclusão

Mesmo com o Hamas aceitando a trégua, a ausência de uma resposta de Israel prolonga a incerteza e agrava a crise humanitária. Ataques contínuos, falta de suprimentos essenciais e um número crescente de vítimas reforçam a urgência de uma ação diplomática eficaz. A população de Gaza continua à mercê do conflito, enquanto a comunidade internacional monitora de perto a evolução da situação, na esperança de evitar uma catástrofe ainda maior.

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