
No dia 3 de julho de 2025, autoridades regionais anunciaram que Major‑General Mikhail Evgenyevich Gudkov — vice‑comandante‑em‑chefe da Marinha da Federação Russa e ex‑comandante da 155.ª Brigada de Fuzileiros Navais da Frota do Pacífico — teria sido morto em um ataque atribuído às forças ucranianas contra um posto de comando em Korenevo, região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia. Além de Gudkov, outros 10 militares russos teriam perdido a vida na ação. A notícia foi divulgada pelo governador do Território de Primorsky, Oleg Kozhemyako, mas ainda não há confirmação oficial nem do Ministério da Defesa russo nem do governo ucraniano sobre a morte do general.
Perfil e trajetória de Mikhail Gudkov
- Nome completo: Mikhail Evgenyevich Gudkov
- Data de nascimento: 11 de janeiro de 1983 (42 anos)
- Formação: Escola Superior de Comando Militar de Novosibirsk
- Carreira:
- Comandante da 155.ª Brigada de Fuzileiros Navais da Frota do Pacífico (unidade 30926) até março de 2025.
- Condecorado com a Estrela de Herói da Rússia e com as Ordens de Suvorov e de Zhukov; também agraciado como Herói de Primorye pelo governador de sua região natal.
- Nomeação: Em 28 de março de 2025, o presidente Vladimir Putin o designou vice‑comandante‑em‑chefe da Marinha Russa.
- Acusações: Kyiv o acusava de envolvimento em crimes de guerra, especialmente em operações nas regiões de Kherson e Kharkiv.
Circunstâncias do ataque em Korenevo
Na manhã de 2 de julho de 2025, um comando ucraniano realizou um disparo de artilharia de longo alcance (ou possível ataque com drones armados) sobre o posto de comando russo em Korenevo, a poucos quilômetros da fronteira com a Ucrânia. Canais não oficiais no Telegram, tanto russos quanto ucranianos, já haviam antecipado a notícia da morte de Gudkov e de outros 10 militares. Segundo o governador Kozhemyako, Gudkov visitava pessoalmente as posições de combate e teria sido atingido “enquanto cumpria seu dever como oficial”.
Contexto estratégico na região de Kursk
- Ofensiva de agosto de 2024: Unidades ucranianas lançaram uma operação surpresa que chegou a ocupar partes do oblast de Kursk, antes de serem repelidas pelas forças russas ao longo do primeiro semestre de 2025.
- Relevância de Korenevo: Local estratégico para comando de artilharia e logística costeira, sua vulnerabilidade expõe a capacidade de Kiev de atingir alvos de alto valor dentro do território russo.
Reações oficiais e silêncio de Moscou
- Declaração de Kozhemyako: O governador do Primorsky Krai lamentou a morte do oficial e de seus companheiros, destacando seu estilo de liderança próximo às tropas.
- Silêncio do Ministério da Defesa: Até o momento, não há confirmação oficial do Ministério da Defesa da Rússia nem do governo ucraniano sobre a morte de Gudkov.
Implicações para o conflito
- Moral das tropas russas: A perda potencial de um oficial de alta patente pode abalar a confiança em setores críticos próximos à fronteira.
- Ajuste tático de Moscou: É esperado reforço de defesas antiaéreas e revisão dos protocolos de segurança para comandos avançados.
- Pressão política sobre Putin: Em um momento de desgaste interno, a notícia de que um vice‑comandante‑em‑chefe pode ter sido morto coloca em xeque nomeações recentes e expõe vulnerabilidades logísticas.
Linha do tempo resumida
Data | Evento | Fonte |
---|---|---|
11/01/1983 | Nascimento de Mikhail Gudkov em Ussuriysk, Primorsky Krai | – |
24/10/2023 | Condecoração com Estrela de Herói da Rússia, concedida por Ministro Shoigu | – |
28/03/2025 | Nomeação como vice‑comandante‑em‑chefe da Marinha Russa | Izvestia |
Agosto de 2024 | Ofensiva ucraniana captura partes de Kursk; operação é revertida por Moscou | Reuters via Al Arabiya |
02/07/2025 | Ataque ucraniano atinge posto de comando em Korenevo | Reuters via Al Arabiya |
03/07/2025 | Anúncio regional da morte de Gudkov e de 10 militares pelo governador Kozhemyako | Censor.NET |
Conclusão
A notícia de que Major‑General Mikhail Gudkov teria morrido em combate ressalta a crescente capacidade da Ucrânia de atingir postos de comando avançados no território russo. A falta de confirmação oficial de Moscou e de Kiev mantém a situação incerta, e os próximos dias deverão revelar se haverá reconhecimento formal do incidente ou novas atualizações sobre o estado do vice‑comandante‑em‑chefe da Marinha Russa.
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