
Na madrugada de 13 de junho de 2025, o Estado de Israel deflagrou a Operação Leão em Ascensão, uma ofensiva aérea sem precedentes contra instalações nucleares, militares e residenciais de altos comandantes do Irã. Em retaliação, na noite seguinte, Teerã desencadeou a Operação Verdadeira Promessa III, lançando centenas de mísseis e drones contra alvos israelenses. À medida que sirenes soam em Tel Aviv e explosões sacodem Teerã, o mundo observa o risco de um conflito regional que pode redefinir o equilíbrio de poder no Oriente Médio.
Cronologia dos Acontecimentos
13 de junho (amanhecer):
- Israel mobiliza cerca de 200 aeronaves, lançando mais de 330 munições em aproximadamente 100 alvos, incluindo os complexos nucleares de Natanz e Esfahan, além de residências de líderes da Guarda Revolucionária.
- A TV estatal iraniana reporta a morte de 78 pessoas (maioria civis) e 329 feridos, segundo o embaixador Amir Saeid Iravani na ONU.
13 de junho (tarde e noite):
- Em quatro ondas, o Irã dispara cerca de 150 mísseis balísticos e dezenas de drones, batizada de Verdadeira Promessa III, visando centros urbanos israelenses.
- Sistemas de defesa aérea interceptam grande parte dos projéteis, mas três civis israelenses morrem e dezenas ficam feridos, incluindo um bebê resgatado vivo dos escombros em Rishon LeZion.
14 de junho (manhã):
- Vídeos mostram um edifício de 14 andares em Teerã reduzido a escombros, com cerca de 60 mortes naquele bloco habitacional, conforme a TV iraniana.
- Israel afirma ter atacado mais de 150 alvos em retaliação, incluindo baterias antiaéreas e centros de comando.
Desdobramentos Militares
- Operação Leão em Ascensão (Israel):
- Objetivo principal: aniquilar os últimos degraus do programa de enriquecimento de urânio iraniano e decapitar a cúpula militar adversária.
- Uso coordenado de IDF e Mossad, com bases de drones clandestinas e sabotagens prévias aos sistemas S-300 iranianos.
- Operação Verdadeira Promessa III (Irã):
Reações Internacionais
Estados Unidos:
- Dois oficiais confirmam apoio na interceptação de mísseis iranianos, mas sem envolvimento direto nos ataques ofensivos.
- Presidente Trump reforça que “não é tarde” para o Irã aceitar “cortes drásticos” em seu programa nuclear, condicionando futuras negociações a essa aceitação.
Nações Unidas:
- O secretário‑geral António Guterres pediu “moderação e diálogo imediato”, alertando para “consequências humanitárias e econômicas catastróficas” caso o ciclo de retaliações continue.
Líderes Religiosos e Regionais:
- O Papa Léo XVI apela ao “respeito mútuo e ao desarmamento nuclear”.
- Emirados e Arábia Saudita, preocupados com a segurança das rotas de exportação de petróleo, manifestam apoio a “soluções pacíficas” para evitar elevação dos preços do barril.
Implicações Regionais e Globais
Mercado de Energia:
- O barril de petróleo subiu 7% nas bolsas de Londres e Nova York, refletindo temores de interrupções no Estreito de Hormuz.
Guerras por Procuração:
- Hamas e Hezbollah, debilitados por conflitos recentes, têm alcance limitado para responder em nome do Irã.
- Houthis (Iêmen) tentam disparar mísseis a Israel, mas erram e ferem civis na Cisjordânia, evidenciando dificuldades logísticas dos aliados iranianos .
Fluxo Diplomático:
- As negociações nucleares previstas para Omã foram adiadas indefinidamente, após Teerã classificar o diálogo como “inócuo diante de ataques preventivos”.
Análise Estratégica
Israel:
- Busca demonstrar dissuasão absoluta, elevando o custo de qualquer avanço nuclear iraniano e pressionando o regime clerical interna e externamente.
Irã:
- Adota postura de “resposta proporcional”, evitando escalada de destruição em massa para não alienar a opinião pública global nem comprometer infraestrutura vital.
Risco de Contágio:
- Países vizinhos reforçam defesas e fecham espaço aéreo (Jordânia, Líbano), receosos de um efeito dominó sectário que remete às convulsões pós‑Primavera Árabe.
Conclusão
A retórica de “Teerã vai queimar” representa um marco na hostilidade israelense, sinalizando disposição para prolongar a operação “enquanto for necessário”. Com ambos os lados exibindo capacidade ofensiva avançada, o mundo se vê no limiar de um conflito que transcende o bilateral, ameaçando a estabilidade energética global, incentivando corridas armamentistas e exigindo, mais do que nunca, um cessar‑fogo diplomático mediado por potências dispostas a equilibrar segurança e respeito à soberania.
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