
Em 6 de julho de 2025, uma nova série de ataques aéreos e de drones israelenses atingiu diversas localidades do sul do Líbano, resultando em uma vítima fatal e seis feridos, apesar do cessar‑fogo estabelecido em 27 de novembro de 2024. A ação renovou temores de escalada militar entre Israel e o Hezbollah, mobilizando novamente atenção internacional para a delicada situação na fronteira sul libanesa.
Detalhes dos Ataques de 6 de Julho
- Bint Jbeil: Um ataque de drone destruiu um veículo atingindo um membro do Radwan, unidade de elite do Hezbollah, resultando em uma morte e dois feridos; um segundo disparo nesta área feriu mais um civil.
- Shaqra: Dois feridos graves após drones alvejarem um automóvel em circulação na região.
- Shebaa: Um residente ficou ferido quando um drone israelense atacou sua residência.
Reações e Condenação Internacional
O governo libanês condenou veementemente as ações, solicitando uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU para avaliar violações ao cessar‑fogo e suas consequências. A Liga Árabe emitiu comunicado apoiando o governo libanês e exigindo proteção de civis na fronteira sul.
Operação de Paz da UNIFIL
Desde o cessar‑fogo de novembro de 2024, a UNIFIL tem monitorado o cumprimento do acordo, constatando mais de 225 depósitos de armas apreendidos ao longo de 2025, que foram entregues ao Exército Libanês para garantir a neutralização de ameaças. Em março, seu porta‑voz também denunciou violações diárias pelos israelenses e pediu retirada total das forças de ocupação do sul libanês.
Impactos Humanitários e de Segurança
- Deslocamentos e Trauma: Comunidades rurais têm interrompido atividades agrícolas e buscado abrigo em áreas mais seguras.
- Risco de Escalada: A frequência de ataques e contramedidas do Hezbollah aumenta o potencial de um novo conflito em larga escala, com repercussões regionais.
Perspectivas Geopolíticas
- Estratégia de Dissuassão de Israel: Mantém pressão contínua sobre o Hezbollah para minar sua capacidade militar.
- Influências Externas: O Irã observa atentamente, podendo reforçar sua retórica de apoio ao Hezbollah, enquanto os EUA reiteram necessidade de contenção e diálogo via ONU.
Vozes Locais e Especialistas
Dalia Salah, consultora em Beirute
“É uma sensação muito desconfortável, de que estamos sempre sendo observados por um inimigo, mas espera-se que apenas conviva com isso. O lembrete constante é de cortar o fôlego.”
Sara Haidar, moradora dos subúrbios de Beirute
“De seus drones em nossos céus aos seus tanques em nossa terra, é como se estivessem zombando de nós, dizendo que a guerra ainda não acabou.”
Andrea Tenenti, porta-voz da UNIFIL
“Continuaremos a protestar pública e oficialmente contra a presença israelense no Líbano até que uma retirada completa seja alcançada. Registramos mais de 1.600 violações aéreas e mais de 600 ataques por mísseis ou artilharia desde o fim das hostilidades em novembro.”.
Conclusão
Os eventos de 6 de julho evidenciam a fragilidade do cessar‑fogo em vigor e ressaltam a importância de esforços diplomáticos imediatos. A convocação de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU e a atuação reforçada da UNIFIL são fundamentais para evitar nova escalada e proteger populações civis no sul do Líbano.
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