
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou uma das suas primeiras medidas após a posse, marcada por um discurso que promete transformar a política e a estrutura do país nos próximos anos. Entre as ações divulgadas, destaca-se a criação de uma comissão para reescrever a constituição venezuelana, com o objetivo de “democratizar até o infinito” e consolidar uma “nova democracia”. A proposta, que surge após sua reeleição em 2025, visa reformar a Carta Magna de forma a refletir um modelo de desenvolvimento nacional para os próximos 30 anos.
Maduro afirmou que a revisão da constituição é uma medida essencial para avançar em um novo ciclo de governança, onde a democracia será “profunda e irreversível”. A reformulação legal será conduzida por uma comissão nacional e internacional, que incluirá especialistas e analistas, tanto da Venezuela quanto do exterior. O processo será desenvolvido ao longo do seu segundo mandato, o qual, segundo ele, será caracterizado por um período de “nova democracia”.
Além disso, a reforma proposta por Maduro não se limita à constituição, mas também abrange outras esferas sociais e políticas da Venezuela, com a intenção de garantir maior participação popular e fortalecer a soberania nacional. A implementação de novas leis e políticas públicas será orientada por esses novos princípios, com foco na justiça social e no fortalecimento das instituições democráticas.
No entanto, a proposta de Maduro enfrenta resistência tanto dentro do país quanto no cenário internacional. Organizações de direitos humanos e partidos políticos da oposição alertam que a iniciativa pode ser uma tentativa de concentrar ainda mais o poder em suas mãos, sem garantir as liberdades democráticas essenciais. A comunidade internacional, incluindo países como os Estados Unidos, a União Europeia e o Reino Unido, tem demonstrado ceticismo quanto à transparência do processo e à legitimidade do governo de Maduro, que já foi criticado por sua forma de governar e por práticas autoritárias nos últimos anos.
Maduro, por sua vez, defende que sua administração busca um modelo inclusivo e que a Venezuela viverá um novo período de prosperidade e estabilidade, especialmente após os desafios econômicos e políticos enfrentados nos últimos anos. Ele destaca que a reforma constitucional será um passo crucial para garantir um futuro mais justo e democrático para todos os venezuelanos.
Este movimento de Maduro ocorre em um cenário de crescente tensão política e econômica, com o país ainda tentando se recuperar das consequências de sua crise política, social e humanitária. A reforma da constituição, no entanto, promete ser um dos temas centrais do novo mandato, e sua evolução será acompanhada com atenção, tanto internamente quanto internacionalmente.
Enquanto isso, a Venezuela aguarda para ver como as promessas de “nova democracia” serão colocadas em prática e se as mudanças propostas realmente trarão uma transformação política substancial para o país.
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