Ex-presidente Moon Jae-in Rebate Denúncia de Suborno e Denuncia “Politização” da Procuradoria

Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul, discursa na cerimônia "Dia da Coreia" na Expo 2020 Dubai.
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, durante seu discurso na cerimônia "Dia da Coreia" na Expo 2020 Dubai, realizada em Dubai, Emirados Árabes Unidos, em 16 de janeiro de 2022. REUTERS/Christopher Pike/File Photo

O ex-presidente sul-coreano Moon Jae-in declarou nesta sexta-feira que a acusação de suborno que pesa sobre ele reflete um abuso de poder político por parte dos procuradores, não um processo jurídico imparcial. Em tom veemente, Moon afirmou que a denúncia tem motivação “predeterminada” e faz parte de um movimento para influenciar o próximo pleito presidencial, marcado para 3 de junho.

Contexto da Acusação Formal

Na quinta-feira, o Escritório de Promotoria do Distrito de Jeonju indiciou Moon por suposto suborno relacionado à contratação de seu ex-genro numa companhia aérea tailandesa entre 2018 e 2020. As autoridades investigam se a nomeação do ex-deputado Lee Sang-jik para chefiar a Agência de PMEs e Startups foi “moeda de troca” para garantir ao genro de Moon um emprego com salário e despesas de moradia pagos pela empresa controlada por Lee.

Acusações e Defesa

  • Promotores alegam que Lee Sang-jik recebeu vantagens indevidas ao empregar o ex-genro de Moon, caracterizando suborno e quebra de confiança.
  • Moon Jae-in e seus advogados negam veementemente, ressaltando que os valores pagos foram simplesmente contrapartida pelo trabalho efetivamente realizado. Eles classificam o processo como “politicamente dirigido” para minar a reputação de Moon e favorecer rivais nas eleições.

Reação Política e Eleitoral

Moon se reuniu com o presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-sik, a quem relatou o que chamou de “abuso e politização do poder de acusação”. Ele promete concentrar esforços em revelar ao público a suposta manipulação do sistema judicial.

A denúncia ocorre em meio a um clima de alta tensão política:

  • Moon é membro do partido Democrático (DP), que busca retomar a Presidência após o impeachment de Yoon Suk Yeol, do PPP, devido à controversa declaração de lei marcial
  • O ex-governante liberal Lee Jae-myung lidera as pesquisas com vantagem de dois dígitos sobre os candidatos do conservador Partido do Poder do Povo (PPP).

Comparações com Casos Anteriores

Procuradores apontam precedentes de Park Geun-hye e Lee Myung-bak, ambos ex-presidentes condenados por suborno, para justificar o indiciamento de Moon. No entanto, analistas apontam diferenças substanciais:

  1. Natureza das Provas: Nos casos anteriores, havia evidências diretas de transferência de fundos; no caso de Moon, os pagamentos são oficialmente registrados como salários.
  2. Timing Eleitoral: A acusação surge justamente antes da eleição presidencial, levantando suspeitas de motivação política.

Implicações e Próximos Passos

  • Eleitores: O episódio pode influenciar indecisos, que acompanham com atenção o desenrolar do caso e a credibilidade das instituições.
  • Judiciário: Cabe agora a um tribunal avaliar se há base legal para o prosseguimento do processo ou se as acusações serão consideradas infundadas.
  • Política: Moon transformou sua defesa em plataforma política, buscando mobilizar a base do DP contra o que chama de “instrumentalização da justiça”.

Conclusão


O embate jurídico-político entre Moon Jae-in e a procuradoria sul-coreana leva ao centro do debate questões sobre independência judicial, uso político das acusações e o impacto dessas disputas no processo eleitoral. À medida que o tribunal analisa as evidências, ganha força a discussão sobre os limites entre justiça legítima e manobra política, com potencial de moldar o resultado da eleição de 3 de junho e a confiança pública nas instituições.

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