
O Paquistão declarou, ontme, 13 de maio de 2025, que mantém seu compromisso com a trégua firmada com a Índia após quatro dias de intensos confrontos na região da Caxemira, mas advertiu que reagirá com resolução inabalável a qualquer nova agressão.
Origens do Confronto
Na última semana, os dois vizinhos nucleares dispararam mísseis e drones contra instalações militares um do outro. A escalada teve início quando a Índia afirmou ter atacado “infraestrutura terrorista” em solo paquistanês e em Jammu e Caxemira, em retaliação a um atentado que matou 26 turistas hindus em território indiano. Islamabad nega qualquer envolvimento nesse ataque, classificando os alvos indianos como civis inocentes.
Discurso de Narendra Modi
Em pronunciamento à nação, no dia 12 de maio, o primeiro‑ministro indiano Narendra Modi advertiu que, caso houvesse novos ataques, suas “denas terroristas” seriam novamente alvo, sem se deixar intimidar por possíveis “chantagens nucleares”. O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão condenou o discurso como “provocativo e inflamatório”, afirmando que tais declarações minam esforços internacionais de paz e estabilidade regional.
Termos um artigo falando sobre isso: Modi em Pleito de Firmeza: Índia Reforça Postura Contra “Ameaça Nuclear”
Balanço de Vítimas
- Paquistão: 40 civis e 11 militares mortos, segundo o Exército de Islamabad.
- Este foi o pior confronto entre as duas nações em quase 30 anos, até que um cessar‑fogo entrou em vigor em 10 de maio, após intensa mediação diplomática internacional.
Retaliações Diplomáticas
- A Índia declarou persona non grata um funcionário da Alta Comissão do Paquistão em Nova Délhi, acusando‑o de “atividades incompatíveis com seu status oficial”. Ele teve 24 horas para deixar o país.
- Ambos os lados já reduziram o efetivo de suas representações diplomáticas desde o ataque de 22 de abril na Caxemira.
Papel dos Estados Unidos
O presidente Donald Trump afirmou que os EUA “ajudaram muito” a garantir o cessar‑fogo, citando o comércio bilateral como um dos motivadores para pôr fim às hostilidades. Além disso, na segunda‑feira, os chefes das operações militares de Índia e Paquistão conversaram por telefone, reafirmando o compromisso mútuo de suspender o fogo e explorar medidas de desescalada na fronteira.
Análise Prospectiva
- Risco de novos choques: a retórica agressiva pode servir de estopim para grupos não-estatais na Caxemira retomarem ataques.
- Importância da mediação: sem o envolvimento de potências como EUA e China, a estabilidade na região tende a ser ainda mais frágil.
- Dimensão nuclear: menções a “chantagem nuclear” elevam o conflito a um patamar de altíssimo risco, exigindo moderação e diálogo constante.
Conclusão
A trégua entre Índia e Paquistão permanece delicada. Embora Islamabad reafirme seu compromisso e se disponha a responder a qualquer agressão, o futuro da paz na Caxemira dependerá da contenção de discursos inflamados, do fortalecimento dos mecanismos de mediação internacional e do contínuo diálogo militar e diplomático.
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