Tarifas dos EUA e seus Parceiros Comerciais – Parte 3

Um navio de carga é carregado com contêineres enquanto atraca no porto de Bangkok, em Bangkok, Tailândia, 3 de abril de 2025. A Tailândia, com uma tarifa de 37% imposta pelo presidente dos EUA Donald Trump, é um dos seis países do Sudeste Asiático atingidos por tarifas muito mais altas do que o esperado pelos EUA. REUTERS/Athit Perawongmetha
Um navio de carga é carregado com contêineres enquanto atraca no porto de Bangkok, em Bangkok, Tailândia, 3 de abril de 2025. A Tailândia, com uma tarifa de 37% imposta pelo presidente dos EUA Donald Trump, é um dos seis países do Sudeste Asiático atingidos por tarifas muito mais altas do que o esperado pelos EUA. REUTERS/Athit Perawongmetha

Quem é mais afetado pelas tarifas propostas pelos EUA?

Nos artigos anteriores, analisamos as taxas médias de tarifas (Parte 1) e a projeção de déficits ou superávits comerciais dos EUA em 2024 (Parte 2). Agora, nesta Parte 3, vamos explorar o último gráfico, que ilustra quais países seriam mais afetados pelas novas tarifas propostas pelos EUA. O mapa destaca as tarifas recíprocas (reciprocal tariffs) que cada país pode adotar ou sofrer em resposta às medidas norte-americanas, oferecendo uma visão clara de onde o impacto seria maior.

Quem é mais afetado pelas tarifas propostas pelos EUA? Fonte: The White House, EUA/Reuters
Gráfico 3:Quem é mais afetado pelas tarifas propostas pelos EUA? Fonte: The White House, EUA/Reuters

O que o Gráfico Mostra?

Mapa Mundial Colorido

  • Cada país é mostrado em tons de vermelho ou rosa, representando o nível de tarifas recíprocas que podem ser adotadas em resposta às medidas dos EUA.

Escala de Percentuais

  • A legenda indica faixas de 15%, 20%, 25%, 30%, 40% e 45% de tarifas recíprocas.
  • Também há menção a países com 10% de tarifa recíproca (marcados em outra tonalidade).

Distribuição Geográfica

  • Países da Ásia, África e partes da Europa aparecem em destaque, sugerindo que as novas tarifas afetariam especialmente certas regiões com fortes laços de exportação para os EUA.

Principais Destaques do Mapa

  • Ásia em Foco: Muitos países asiáticos (China, Índia, Vietnã, Coreia do Sul) aparecem com tons mais escuros, indicando tarifas recíprocas mais altas. Isso ocorre por serem grandes exportadores de bens manufaturados para os EUA.
  • Europa e Oriente Médio: Algumas nações europeias e do Oriente Médio também se mostram em tons médios ou escuros, refletindo possíveis retaliações comerciais caso as tarifas sejam efetivamente aplicadas.
  • América Latina e África: A intensidade varia de acordo com o volume de exportações de cada país para o mercado americano e suas políticas comerciais vigentes.
  • Países com Tarifas de 10%: Alguns países aparecem com uma cor mais clara, indicando tarifas recíprocas menores (10%). Eles podem ter menor dependência do mercado americano ou acordos que limitem aumentos tarifários.

Por que Esses Dados Importam?

  • Retaliação Comercial: Quando os EUA aumentam as tarifas, muitos países podem responder na mesma medida, adotando tarifas recíprocas. Isso afeta não só as empresas americanas que exportam para esses mercados, mas também a dinâmica global de comércio.
  • Pressão sobre Cadeias de Suprimentos: Empresas multinacionais precisam rever onde produzem e para onde exportam, buscando minimizar custos adicionais.
  • Possíveis Repercussões Econômicas: Setores inteiros, como o automotivo, eletrônico ou agrícola, podem enfrentar elevação de custos, repassados ao consumidor final.
  • Negociações Internacionais: Países com tarifas recíprocas mais altas podem se envolver em rodadas de negociações para evitar uma escalada tarifária, que prejudicaria ambas as partes.

Conclusão

Este mapa ilustra, de forma geográfica, quais países podem sofrer maior impacto caso as tarifas propostas pelos EUA sejam implementadas e enfrentem retaliações correspondentes. Países asiáticos, por exemplo, despontam como os mais vulneráveis a tarifas elevadas, devido ao alto volume de exportações. No entanto, a reação global não se limita a essa região: a Europa, a América Latina e a África também podem implementar contramedidas, criando uma espiral de protecionismo.

Diante desse cenário, empresas e governos devem monitorar de perto as negociações comerciais e avaliar estratégias para diversificar cadeias de suprimentos, reduzir custos e buscar acordos mais favoráveis. Em conjunto com os dados dos gráficos anteriores, fica claro que o impacto dessas tarifas pode ser profundo e de alcance global, exigindo respostas rápidas e coordenadas para minimizar prejuízos.

Não conferiu as Partes 1 e 2?

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