Em meio a um conflito aéreo que já se arrasta por mais de seis dias, marcado por ataques-surpresa de Israel a instalações nucleares iranianas e represálias de Teerã com mísseis hipersônicos e drones, o governo de Moscou emitiu um forte alerta aos Estados Unidos. O vice‑ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, advertiu que qualquer assistência militar direta dos EUA a Israel poderia “desestabilizar radicalmente toda a situação” no Oriente Médio. A escalada levou a evacuações em massa em ambos os países e intensificou os apelos internacionais por contenção e mediação.
O Aviso de Moscou
Nesta quarta-feira, Ryabkov declarou à agência Interfax que a consideração de “opções especulativas” de apoio militar dos EUA a Israel seria um erro estratégico com consequências imprevisíveis para a estabilidade regional.
Alerta da Inteligência Russa
Sergei Naryshkin, chefe do serviço de inteligência estrangeira (SVR), qualificou a situação de “crítica”, ressaltando o risco de propagação do conflito para outras fronteiras e o perigo de envolvimento de potências externas além dos EUA e da Rússia.
Debates em Washington
Fontes internas revelam que o presidente Donald Trump avalia várias alternativas, incluindo participação dos EUA em bombardeios a sítios nucleares iranianos como Fordow. No entanto, o Pentágono e o Congresso demonstram cautela, lembrando a necessidade de autorização legislativa para ações de grande impacto.
Reação dos Aliados Ocidentais
A União Europeia, representada pela alta diplomata Kaja Kallas, instou os EUA a não se envolverem militarmente, enfatizando a urgência de uma solução diplomática e advertindo que a intervenção poderia ampliar a crise regional. Simultaneamente, o presidente francês Emmanuel Macron expressou receio de que ações de regime change contra o Irã gerem caos similar ao do Iraque e da Líbia, defendendo uma via diplomática reforçada e supervisão internacional do programa nuclear iraniano.
Postura de Trump nas Redes Sociais
No X (Twitter), Trump cogitou a eliminação do aiatolá Ali Khamenei, mas ponderou: “Não vamos eliminá‑lo (matar!), pelo menos por ora.” A declaração suscitou críticas internas por seu tom belicista e potenciais repercussões diplomáticas.
Contexto do Tratado Rússia‑Irã
Em janeiro de 2025, Putin e o presidente iraniano ratificaram um tratado de parceria estratégica para duas décadas, abrangendo cooperação em Defesa e inteligência. Apesar disso, o acordo não obriga intervenção militar automática em caso de conflito, mas fortalece vínculos políticos e econômicos entre os países.
Mediação de Moscou
O Kremlin ofereceu-se para mediar o cessar‑fogo, com Putin mantendo contatos telefônicos tanto com Teerã quanto com Jerusalém. O porta‑voz Dmitry Peskov salientou o desejo russo de retorno ao diálogo político e lamentou a escalada militar.
Implicações Geopolíticas
Um eventual engajamento direto dos EUA ao lado de Israel poderia reconfigurar o equilíbrio de poder no Golfo Pérsico, envolvendo outras potências como China e União Europeia em esforços de desescalada. Além disso, o aumento nos preços do petróleo beneficia Moscou, que busca capitalizar sobre o desvio de atenção ocidental de seu conflito com a Ucrânia.
Conclusão
O forte alerta de Moscou reflete o temor de que a intervenção militar adicional dos EUA agrave o crise Israel‑Irã, desencadeando um confronto de múltiplos frontes. A comunidade internacional, por meio de organizações como a ONU e atores regionais, acompanha os desdobramentos na esperança de que prevaleça o diálogo antes que a situação se torne irreversível.
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