
Em um ataque aéreo sem precedentes desde o início da guerra, a Rússia lançou na madrugada deste sábado (20) mais de 600 drones e mísseis contra a Ucrânia, atingindo nove regiões e resultando na morte de pelo menos três pessoas e dezenas de feridos. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciou o ataque como uma ação deliberada para destruir infraestrutura civil e intimidar a população.
O ataque em números
De acordo com a Força Aérea da Ucrânia, o ataque consistiu em 579 drones, 8 mísseis balísticos e 32 mísseis de cruzeiro, totalizando 619 projéteis lançados contra o território ucraniano. As defesas aéreas ucranianas conseguiram interceptar 552 drones e 31 mísseis, mas vários projéteis atingiram alvos civis, causando mortes e danos significativos.
Regiões afetadas
As regiões mais atingidas foram Dnipropetrovsk, Mykolaiv, Chernihiv, Zaporizhzhia, Poltava, Kiev, Odesa, Sumy e Kharkiv. Em Dnipro, um míssil com munição de fragmentação atingiu um edifício de vários andares, resultando em pelo menos uma morte e 26 feridos. Em Kiev, os ataques afetaram áreas residenciais, incluindo Bucha, Boryspil e Obukhiv, danificando casas e veículos.
Resposta ucraniana e internacional
Em retaliação, a Ucrânia realizou ataques contra duas refinarias de petróleo russas em Saratov e Samara, causando incêndios e explosões. Além disso, o presidente Zelensky anunciou que se reunirá com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a Assembleia Geral da ONU em Nova York, para discutir o apoio internacional à Ucrânia.
Análise militar
A defesa aérea ucraniana demonstrou alta eficácia, interceptando mais de 90% dos drones e mísseis lançados. Especialistas observam que, embora a maioria dos projéteis tenha sido neutralizada, a escala do ataque indica um esforço russo para testar e desgastar as defesas ucranianas, ao mesmo tempo em que tenta atingir infraestrutura crítica. Segundo o porta-voz militar ucraniano, “A eficácia do nosso sistema de defesa aérea prova que podemos proteger a população e os centros urbanos, mas o inimigo continua buscando pontos vulneráveis”. Essa estratégia russa pode pressionar ainda mais a Ucrânia a fortalecer seus sistemas e investir em tecnologia de defesa de longo alcance.
Citações diretas
- Volodymyr Zelensky: “Esses ataques são uma tentativa de aterrorizar nosso povo e destruir nossa infraestrutura, mas a Ucrânia continuará resistindo e defendendo cada centímetro de seu território”.
- Autoridade russa (não especificada): “O objetivo das operações é atingir centros estratégicos e enfraquecer a capacidade militar e logística da Ucrânia”.
Contexto estratégico e humanitário
Este ataque marca uma intensificação na guerra, com a Rússia utilizando grandes enxames de drones para atingir alvos civis e industriais. A Ucrânia, por sua vez, tem respondido com ataques a alvos estratégicos em território russo, incluindo instalações de energia e bases militares. O ataque também trouxe impactos humanitários significativos, com dezenas de feridos e danos a residências e infraestrutura civil.
Conclusão
A ofensiva russa evidencia uma escalada da guerra e o uso crescente de tecnologia militar de precisão para atingir alvos estratégicos e civis. A eficácia das defesas ucranianas demonstra capacidade de resistência, mas a intensidade dos ataques indica que o conflito pode se prolongar e se tornar ainda mais devastador. Internacionalmente, esse ataque pressiona aliados a reforçar apoio militar e humanitário à Ucrânia, enquanto aumenta a tensão diplomática entre Rússia, EUA e União Europeia. O cenário sugere que futuras ofensivas podem se concentrar em desgastar sistemas de defesa e infraestrutura, tornando a guerra cada vez mais complexa e perigosa para a população civil.
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