Uma delegação de 27 parlamentares do Kuomintang (KMT) visitou o Parlamento japonês, na maior missão política de Taiwan ao Japão até hoje. O encontro abordou cooperação em desastres naturais e o apoio de Tóquio à entrada de Taiwan no CPTPP, em meio a tensões crescentes com a China. A visita reforça os laços bilaterais e sinaliza a importância estratégica da relação para a estabilidade no Indo-Pacífico.
O desfile militar da China, realizado em comemoração ao 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, serviu como demonstração de poder interno e externo, reforçando a liderança de Xi Jinping e a narrativa do “Sonho Chinês”. O evento exibiu mísseis hipersônicos, ICBMs, drones avançados, caças furtivos, veículos blindados e armas de energia dirigida, sinalizando modernização tecnológica e capacidade de dissuasão estratégica.
O Japão apresentou um orçamento recorde de ¥117,6 trilhões (aproximadamente US$ 811 bilhões) para 2025, com foco em defesa e redução da dívida pública. A medida reflete preocupações com a segurança regional frente ao avanço militar da China e à instabilidade na Península Coreana. Apesar do aumento significativo nos gastos, o país enfrenta incertezas políticas internas que podem afetar a confiança dos investidores e a execução do orçamento. Especialistas destacam que a ação fortalece o papel do Japão como potência regional, alinhada aos Estados Unidos, e sinaliza compromisso com a segurança e estabilidade no Indo-Pacífico.
Em 2025, Índia e China começaram a se reaproximar após anos de tensões fronteiriças, incluindo o confronto de Galwan em 2020. A reaproximação se materializou com acordo de patrulhamento fronteiriço, retomada de voos diretos e intensificação do comércio bilateral, que já supera US$ 150 bilhões.
O Japão anunciou a implantação de cerca de 40 mísseis de longo alcance em uma base militar no sul do país, com alcance de até 1.000 km, reforçando sua capacidade de contra-ataque frente a ameaças regionais, especialmente da China. Autoridades japonesas destacam que a medida é preventiva e visa proteger a segurança nacional, enquanto especialistas alertam para possíveis reações de países vizinhos. Até 2030, o Japão planeja expandir suas unidades e investir em tecnologias como mísseis hipersônicos e inteligência artificial.
Em 29 de agosto de 2025, o senador americano Roger Wicker, presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado, visitou Taiwan para reforçar o compromisso dos EUA com a segurança da ilha. A visita ocorre em meio a tensões militares crescentes com a China, que considera Taiwan parte de seu território. Durante a visita, Wicker destacou o apoio dos EUA à defesa taiwanesa e mencionou que o próximo National Defense Authorization Act (NDAA) incluirá provisões de apoio à ilha. A ação foi criticada pela China, que intensificou exercícios militares na região. A visita reforça a importância estratégica de Taiwan para os EUA e sinaliza a intenção americana de manter a estabilidade e segurança no Indo-Pacífico.
O navio da Guarda Costeira do Vietnã, CSB 8001, visitou Jacarta no marco dos 70 anos das relações diplomáticas entre Vietnã e Indonésia, reforçando a cooperação marítima entre os dois países. A parceria foca no combate à pesca ilegal — problema que gera ao Vietnã perdas anuais de cerca de US$ 1 bilhão e levou a Indonésia a afundar mais de 500 embarcações estrangeiras desde 2014 — além de fortalecer a segurança naval e o comércio no Indo-Pacífico. A aproximação também tem dimensão estratégica, ampliando o papel da ASEAN frente às disputas no Mar do Sul da China e ao equilíbrio de poder na região.
A Índia e a Tailândia realizam, de 1º a 14 de setembro de 2025, a 14ª edição do exercício militar bilateral MAITREE em Umroi, Meghalaya. Com foco em contraterrorismo em ambiente semiurbano e interoperabilidade sob mandato da ONU, o treinamento reforça a cooperação estratégica entre os dois países e contribui para a segurança e estabilidade no Indo-Pacífico.
O Japão deve anunciar um megaplano de 10 trilhões de ienes (≈ US$ 68 bilhões) em investimentos na Índia ao longo da próxima década. O pacote inclui semicondutores, minerais críticos, IA, energia limpa e saúde, e tem forte dimensão geopolítica como contrapeso à China. Se aprovado, pode redefinir cadeias globais de suprimento e consolidar a Índia como hub tecnológico e industrial da Ásia.
O Ministério das Relações Exteriores da China reafirmou que Taiwan é uma questão interna do país, em resposta a declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou que Xi Jinping não invadiria Taiwan enquanto Trump estivesse no cargo. A situação reforça tensões geopolíticas no Indo-Pacífico, envolvendo interesses de Estados Unidos, Taiwan e aliados regionais, com impactos diretos em diplomacia, segurança e comércio internacional.
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