
O presidente da Ucrânia afirmou que pelo menos esse número de soldados de paz europeus é necessário para prevenir futuros ataques russos, acrescentando que Kyiv não cederá às exigências do Kremlin de reduzir seu exército em cinco vezes.
Pelo menos 200.000 soldados de paz europeus precisarão ser implantados na Ucrânia para evitar futuros ataques russos, afirmou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky durante o Fórum Econômico Mundial em Davos.
“De todos os europeus? 200.000, é o mínimo. É o mínimo, caso contrário, não é nada”, disse Zelensky em resposta a uma pergunta sobre a possibilidade de implantar um contingente de paz na Ucrânia após o fim da guerra.
Segundo ele, essas forças seriam apenas uma parte das garantias de segurança que Kyiv exige.
Zelensky enfatizou que garantir a segurança da Ucrânia e da Europa após um possível cessar-fogo exigiria garantias confiáveis, com um contingente significativo de soldados de paz desempenhando um papel fundamental.
O Ministério da Defesa da França estimou que esse número seria equivalente ao total de pessoal das suas forças armadas em 2020.
Zelensky também afirmou que o presidente russo Vladimir Putin poderia exigir uma redução cinco vezes maior no exército da Ucrânia, dizendo que “reduzir significativamente o tamanho do exército ucraniano” se tornaria uma das questões principais durante as possíveis negociações de paz.
“Se conseguimos construir um exército de mais de 800.000, então, junto com a Europa, temos força não apenas para nos defender, mas também para repelir Putin”, disse Zelensky, acrescentando que Kyiv não cederia às demandas para reduzir suas forças armadas.
“Isso é exatamente o que ele [Putin] quer. Não vamos deixar que isso aconteça”, afirmou.
Zelensky também anunciou que a Ucrânia estava trabalhando na organização de uma reunião com o recém-eleito presidente dos Estados Unidos.
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