Israel ofereceu à Ucrânia armas russas que foram apreendidas durante raides do Hezbollah. Essas armas foram encontradas em operações realizadas ao longo da fronteira israelense com o Líbano, onde o Hezbollah tem se envolvido em atividades de contrabando e militância. O governo de Israel está considerando maneiras de fornecer esse armamento à Ucrânia, como parte do apoio ao esforço de guerra contra a Rússia.
Essa ação é vista como um aumento significativo no apoio de Israel à Ucrânia, com um foco na luta contra a Rússia, já que as armas confiscadas têm origem nas forças armadas russas. A decisão também representa uma maneira de ajudar a Ucrânia sem enviar diretamente armamentos fabricados em Israel.
O fornecimento de armas confiscadas pode criar um cenário diplomático complexo para Israel, que tem equilibrado suas relações com a Rússia, especialmente no contexto da guerra na Síria, onde a Rússia tem uma presença militar.
Algumas das armas que Israel ofereceu à Ucrânia foram apreendidas de uma base subterrânea do Hezbollah no sul do Líbano no final de 2024, após uma incursão israelense.
De acordo com a declaração, o embaixador ucraniano em Israel, Yevhen Korniychuk, se reuniu com a vice-ministra das Relações Exteriores de Israel, Sharren Haskel, na terça-feira, 21 de janeiro. Durante o encontro, o embaixador agradeceu a Israel pela oferta de fornecer as armas apreendidas.
“Esta iniciativa seria um passo importante no reconhecimento das ameaças comuns enfrentadas pelos dois países. O lado ucraniano expressou esperança por uma solução positiva para esta questão”, escreveu a Embaixada da Ucrânia no Facebook.
Algumas das armas oferecidas à Ucrânia foram apreendidas de uma base subterrânea do Hezbollah no sul do Líbano no final de 2024. A base, utilizada como centro de comando, continha armas de fabricação russa, como foguetes, rifles e outros equipamentos.
A reunião também abordou preocupações sobre a cooperação militar entre Irã e Rússia, que tanto a Ucrânia quanto Israel consideram uma ameaça à sua segurança nacional. As partes exploraram maneiras de combater essa questão e discutiram oportunidades para fortalecer laços, incluindo cooperação econômica, humanitária e consular.
Embora Israel tenha oferecido apoio diplomático, ajuda humanitária e algumas tecnologias defensivas à Ucrânia, enquanto ela enfrenta a invasão em grande escala da Rússia há quase três anos, o país tem resistido aos pedidos de fornecer armas e outros equipamentos militares a Kyiv desde o início da invasão em larga escala pela Rússia.
Recentemente, no entanto, o equilíbrio entre riscos e custos para Israel e Rússia mudou devido ao relacionamento cada vez mais próximo de Moscou com Teerã. O Irã é o principal apoiador tanto do Hamas quanto do Hezbollah e é considerado a principal ameaça para Israel e a região.
Em dezembro de 2024, o embaixador de Israel na Ucrânia, Michael Brodsky, afirmou que o relacionamento entre Israel e Ucrânia tem crescido nos últimos anos, assim como o entendimento mútuo entre os dois países.
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