![2025-01-23T162430Z_472125064_RC2KFCADD4W1_RTRMADP_3_ISRAEL-PALESTINIANS-LEBANON-RETURN-1737721315 Edifícios danificados em Naqoura, perto da fronteira com Israel, no sul do Líbano [Arquivo: Ali Hankir/Reuters]](https://ejbbd5or267.exactdn.com/wp-content/uploads/2025/01/2025-01-23T162430Z_472125064_RC2KFCADD4W1_RTRMADP_3_ISRAEL-PALESTINIANS-LEBANON-RETURN-1737721315.webp?strip=all&lossy=1&resize=678%2C381&ssl=1)
De acordo com o acordo de cessar-fogo com o Hezbollah, as forças de Israel deveriam deixar o Líbano, enquanto as forças do Hezbollah deveriam se retirar do sul do país até 26 de janeiro.
A retirada do exército israelense do sul do Líbano vai além dos 60 dias estabelecidos no acordo de cessar-fogo, informou o escritório do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, alegando que o Líbano ainda não cumpriu integralmente o acordo.
A declaração, emitida na sexta-feira, ocorreu após ataques israelenses a cidades no sul do Líbano, com o exército israelense mantendo “ações militares intensas” na região de fronteira, a apenas dois dias da retirada das tropas, conforme o acordo de cessar-fogo com o Hezbollah.
A Agência Nacional de Notícias do Líbano (NNA) informou na sexta-feira que as forças israelenses devastaram o sul, destruindo e incendiando casas na cidade de Aitaroun, danificando uma mesquita na cidade de Qantara e provocando uma “explosão violenta” em Rab Thalathin.
Os ataques militares continuaram após reportagens na mídia israelense, indicando que o governo Netanyahu estava procurando maneiras de manter as tropas em território libanês além do prazo acordado no cessar-fogo com o Hezbollah.
Conforme o acordo firmado em novembro, as forças israelenses e do Hezbollah deveriam se retirar do Líbano e do sul do Líbano, respectivamente, ao longo de 60 dias, com término previsto para 26 de janeiro.
A mídia israelense Ynet noticiou na sexta-feira que Israel estava solicitando à nova administração dos Estados Unidos uma prorrogação do prazo, alegando que o exército libanês se moveu muito lentamente para o sul, permitindo que o Hezbollah se reorganizasse.
Benny Gantz, líder do Partido da Unidade Nacional e ex-ministro da Defesa que deixou o gabinete de guerra do país no ano passado, foi citado no relatório afirmando que o exército deveria “intensificar as operações contra qualquer violação do Hezbollah – seja ela pequena ou grave”.
Uma fonte da ONU informou que, apesar de as forças israelenses terem se retirado de amplas áreas das regiões ocidentais e centrais do sul do Líbano, dados de campo indicam que elas estão se preparando para manter posições na parte oriental.
A notícia chega enquanto os moradores libaneses retornam às suas vilas no sul, apenas para encontrá-las destruídas.
O exército libanês orientou os residentes da cidade costeira de Naqoura a não voltarem para casa por questões de segurança, devido à devastação deixada pelas forças israelenses.
“Naqoura se tornou uma zona de desastre… aqui faltam até mesmo as necessidades mais básicas”, afirmou o prefeito Abbas Awada, que voltou para avaliar a situação de sua cidade.
O prefeito mencionou que a cidade precisaria de “pelo menos três anos” para ser reconstruída e expressou preocupação de que a escassez de recursos, após anos de crise econômica, possa dificultar a recuperação.
Fonte: AL JAZEERA AND NEWS AGENCIES
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