
Na sexta-feira (25 de abril de 2025), Kim Jong Un participou em Nampo da cerimônia de lançamento de um novo destróier multipropósito de 5.000 toneladas, classificado como “Choe Hyon-class” pelo regime norte-coreano. Segundo a agência oficial KCNA, a embarcação foi erguida em apenas 400 dias, utilizando tecnologia e recursos domésticos .
Projeto e capacidade bélica
- Land-attack/cruise: mísseis de cruzeiro tático com ogivas convencionais ou nucleares .
- Classe “Choe Hyon”: nomeada em homenagem ao combatente antijaponês Choe Hyon, símbolo de lealdade ao regime.
- Armamento principal: canhão naval de 127 mm capaz de engajar alvos marítimos, costeiros e ameaças aéreas de baixa altitude .
- 82 células de Lançamento Vertical (VLS): divididas entre seções médias e de popa, para mísseis antinavio, ar-superfície e cruzeiro tático, inclusive com capacidade nuclear .
Mísseis prováveis:
- Anti-navio: versões do KN-19 e Yono-class .
- Surface-to-air: variantes locais inspiradas em sistemas russos (SA-17).
Comparação com destróieres de outras marinhas
Classe (país) | Deslocamento (t) | Células VLS | Canhão principal | Sistema AEGIS / EW |
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Choe Hyon-class (Coreia do Norte) | 5.000 | 82 | 127 mm | Suite local (provável russo) |
Arleigh Burke-class (EUA) | 9.000–9.700 | 90–96 | 127 mm | AEGIS Baseline 9 |
Sejong the Great-class (Coreia do Sul) | 11.000 | 128 | 127 mm | AEGIS |
Maya-class (Japão) | 8.300 | 96 | 127 mm | AEGIS Baseline 9 |
Type 055 Renhai-class (China) | 12.000 | 112 | 130 mm | Type 346B |
Embora menor, o Choe Hyon aproxima-se dos padrões de VLS de marinhas de primeira linha, superando várias fragatas e destróieres leves.
Análise de especialistas militares
- IISS (The Military Balance): analisa que Pyongyang investe em capacidades assimétricas (mísseis e nuclear) para compensar sua marinha “qualitativamente inferior” frente a EUA e aliados, mas ressalta que falta rede C4ISR robusta .
- CSIS (Center for Strategic and International Studies): destaca que, apesar do elevado número de células VLS, a integração de sensores, o treinamento de tripulação e as limitações logísticas continuam sendo pontos fracos que podem comprometer operações prolongadas em mar aberto .
- Wilson Center (abril 2025): relatório observa que o Choe Hyon-class é uma “plataforma singular” em uma marinha predominantemente costeira; sanções e falta de infraestrutura podem atrasar seu impacto estratégico real .
Conclusão
O Choe Hyon-class representa um avanço simbólico e reforça a dissuasão estratégica de Pyongyang, mas sua eficácia dependerá de melhorias em C4ISR, manutenção e profissionalização das tripulações antes que possa rivalizar com destróieres de marinhas estabelecidas.


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