
Tropas da Coreia do Norte estão enfrentando grandes perdas enquanto lutam ao lado da Rússia na guerra contra a Ucrânia, segundo afirmou a Casa Branca nesta sexta-feira (data mencionada no original). De acordo com o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, cerca de mil soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos apenas na última semana na região russa de Kursk, próximo à fronteira ucraniana.
Kirby afirmou que o número de vítimas supera as estimativas anteriores e demonstra a forma como os militares da Rússia e da Coreia do Norte estão tratando suas tropas como descartáveis. “Eles estão enviando soldados em ataques desesperados e em massa contra as defesas ucranianas”, declarou. Segundo ele, as ofensivas estão sendo feitas basicamente “a pé”, sem suporte adequado.
Nem a missão da Coreia do Norte na ONU, em Nova York, nem a missão da Rússia responderam aos pedidos de comentários sobre as declarações dos EUA.
Kirby também afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve aprovar nos próximos dias um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia. Na mesma semana, Biden condenou os ataques russos realizados no Natal contra cidades e infraestrutura energética ucraniana, ordenando que o Departamento de Defesa continue enviando armamentos para apoiar Kiev.
Altas perdas norte-coreanas já haviam sido relatadas
No dia 17 de dezembro, um oficial militar dos EUA havia relatado que a Coreia do Norte sofreu várias centenas de baixas na região de Kursk, durante combates contra forças ucranianas. O oficial, que falou sob condição de anonimato, afirmou que as vítimas incluem desde soldados de baixa patente até membros próximos do alto comando.
Na segunda-feira seguinte, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que mais de 3.000 soldados norte-coreanos haviam sido mortos ou feridos na região. Ele ressaltou que os números ainda eram preliminares.
A agência Reuters, que noticiou o caso, informou que não pôde verificar de forma independente as informações sobre as perdas em combate.
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