
Na noite de 8 de maio de 2025, sirenes ecoaram em Jammu, principal cidade da Caxemira administrada pela Índia, quando explosões provocadas por drones e mísseis sacudiram a região. A ofensiva, atribuída a Islamabad, marca a pior escalada entre as duas potências nucleares em mais de 20 anos. O episódio elevou o risco de um confronto maior e provocou reação imediata de governos, organizações internacionais e mercados financeiros.
O ataque e suas consequências imediatas
- Alvo: instalações militares indianas em cinco distritos de Jammu, incluindo Satwari, Samba, Ranbir Singh Pura e Arnia, de acordo com fonte militar indiana.
- Meios empregados: interceptação de oito mísseis por sistemas antiaéreos indianos; e derrube de dezenas de drones — Índia reporta ter abatido 29 unidades lançadas pelo Paquistão.
- Apagão e pânico: moradores relataram “flashes vermelhos e projéteis riscando o céu noturno” durante o blackout que se seguiu ao ataque.
Impacto sobre civis e mercados
- Vítimas civis: Islamabad afirma que 31 civis foram mortos em decorrência dos ataques indianos; Nova Déli reconhece 16 mortes de não combatentes em incidentes recentes.
- Proteção de civis: a ONG Amnesty International solicitou que ambos os países respeitem o direito internacional humanitário e evitem danos a não combatentes durante a escalada.
- Choque financeiro: o rupia indiana caiu 1% para 85,71 por dólar; o índice Nifty 50 recuou 0,6% e o rendimento dos títulos de 10 anos subiu seis pontos-base citeturn1news19. Em Karachi, o índice KSE foi suspenso após queda de 6,3%.
Contexto histórico e geopolítico
Desde a partição de 1947, Índia e Paquistão disputam a Caxemira, região dividida mas reclamada integralmente por ambos. O histórico inclui três guerras abertas, numerosas escaramuças e, desde os anos 1990, arsenais nucleares que elevam o potencial de catástrofe em caso de escalada descontrolada.
Reações internacionais
- Estados Unidos: ordenou abrigo para funcionários em seu consulado em Lahore e, via secretário de Estado Marco Rubio, pediu desescalada em contatos com Nova Déli e Islamabad.
- Rússia e China: recomendaram moderação e retorno imediato ao diálogo para evitar riscos regionais e globais.
- ONU: o secretário-geral alertou para as “consequências imprevisíveis” de um conflito entre duas nações nucleares.
Citações de Especialistas
- “A escalada recente demonstra um perigoso retorno aos piores momentos de 2019, quando testes de mísseis quase levaram a um confronto nuclear”, afirma Michael Kugelman, do Wilson Center (Estados Unidos).
- “O emprego massivo de drones aumenta o risco de erros de cálculo, pois permite ataques de precisão sem contato direto, mas dificulta a identificação clara de alvos em áreas densamente povoadas”, analisa Rajeswari Pillai Rajagopalan, do Observer Research Foundation (Índia).
Comparativo de Capacidades Militares
Capacidade | Índia | Paquistão |
---|---|---|
Mísseis balísticos | ~350 (Agni, Prithvi) | ~120 (Shaheen series) |
Mísseis de cruzeiro | BrahMos, Nirbhay | Babur, Ra’ad |
Drones armados | HQ-9, Lakshya | Burraq, Shahpar |
Sistemas antiaéreos | S-400, Akash | HQ-2, LY-80 |
Ogivas nucleares | ~160 | ~165 |
Gastos em defesa 2024 | USD 76 bi | USD 12 bi |
Informação Adicional
- Fechamento de espaço aéreo: o Paquistão interditou seu espaço para voos indianos, intensificando medidas de retaliação diplomática e econômica.
- Votos de retaliação: o vice-primeiro-ministro paquistanês declarou que Islamabad “reserva-se o direito de responder no tempo e local de sua escolha”.
Caminhos para a desescalada
- Mediação externa: atuação de EUA, China ou países do Golfo como facilitadores de diálogo direto.
- Linhas diretas militares: reativação de canais de comunicação Índia‑Paquistão para evitar erros de identificação e disparos acidentais.
- Acordos de não‑interferência: pactos de mútua notificação sobre movimentação de drones e mísseis em áreas sensíveis.
Conclusão
A atual escalada em Caxemira evidencia não apenas o impasse territorial histórico, mas também a modernização tática via drones e mísseis de cruzeiro, que elevam o risco de incidentes imprevistos. A soma de pressões internas, choques de narrativas e receios nucleares reforça a necessidade urgente de mediação internacional para prevenir uma crise de maiores proporções.
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