G7 Reafirma Apoio a Israel e Condena Irã como Fonte de Instabilidade em Meio à Escalada

Foto dos líderes mundiais António Costa, Shigeru Ishiba, Giorgia Meloni, Emmanuel Macron, Mark Carney, Donald Trump, Keir Starmer, Friedrich Merz e Ursula von der Leyen reunidos em evento internacional.
Presidentes e primeiros-ministros das principais potências globais reunidos: António Costa (Conselho Europeu), Shigeru Ishiba (Japão), Giorgia Meloni (Itália), Emmanuel Macron (França), Mark Carney (Canadá), Donald Trump (EUA), Keir Starmer (Reino Unido), Friedrich Merz (Alemanha) e Ursula von der Leyen (Comissão Europeia)./ Reuters

Em 17 de junho de 2025, na cúpula realizada em Kananaskis, Canadá, o Grupo dos Sete (G7) emitiu declaração unânime expressando “apoio integral” a Israel e qualificando o Irã como “a principal fonte de instabilidade e terror” no Oriente Médio. No texto, os líderes reafirmaram o direito de Israel à autodefesa e sublinharam que “o Irã jamais deve possuir uma arma nuclear”, exortando ainda uma desescalada mais ampla, incluindo um cessar‑fogo em Gaza.

Desenvolvimentos Recentes

  • Intensificação dos Confrontos: Desde o início dos ataques israelenses, na sexta-feira anterior, hostilidades aéreas têm se ampliado para o quinto dia consecutivo. O Exército de Defesa de Israel (IDF) afirmou ter eliminado o chefe de Estado‑Maior de guerra iraniano, Ali Shadmani, em um ataque aéreo lastreado em informações de inteligência – uma das maiores baixas no alto comando de Teerã até o momento.
  • Balanço de Vítimas Atualizado: Autoridades iranianas reportam agora mais de 450 mortes, principalmente civis, enquanto em Israel o número de vítimas civis chegou a 24 – praticamente o dobro do registrado nos primeiros dias do confronto.
  • Alarmes na Comunidade Internacional: Especialistas alertam para o risco de uso de táticas híbridas e até armas químicas ou biológicas, caso o Irã, pressionado em seu território, recorra a medidas desesperadas.

Declarações do G7

Na declaração oficial, os líderes do G7 afirmaram:

“Afirmamos que Israel tem o direito de defender-se. Reiteramos nosso apoio à segurança de Israel. O Irã é a fonte principal de instabilidade regional e terror. É claro que o Irã jamais deve possuir uma arma nuclear.”
Eles também se comprometeram a coordenar esforços para “proteger a estabilidade nos mercados de energia”, diante do impacto potencial de nova instabilidade nos preços globais de petróleo e gás.

Posição dos Estados Unidos e Saída de Trump

O presidente Donald Trump, presente ao encontro, interrompeu sua participação para retornar precocemente a Washington, alegando necessidade de monitorar a crise de perto. Embora o governo dos EUA negue envolvimento direto nos ataques israelenses, Trump declarou ter sido informado antecipadamente sobre as operações e elogiou-as como “excelentes“.

Repercussões Humanitárias

O número elevado de vítimas civis e os danos a infraestruturas críticas mobilizam organizações de direitos humanos, que alertam para o agravamento de uma crise humanitária caso o conflito se alastre. Além de hospitais e residências, escolas e usinas de abastecimento sofreram ataques, intensificando o sofrimento das populações locais.

Dinâmica Nuclear e Legalidade Internacional

O Irã mantém que seu programa nuclear visa fins pacíficos, em conformidade com o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), do qual é signatário. Israel, não subscritor do TNP, conserva uma postura de ambiguidade estratégica sobre seu próprio arsenal; contudo, acredita‑se amplamente que disponha de armas nucleares. A declaração do G7 reforça o imperativo de impedir qualquer avanço iraniano rumo à arma atômica.

Apelos por Desescalada e Paz

Além de apoiar Israel, o G7 conclamou todas as partes envolvidas a “buscar uma desescalada mais ampla das tensões no Oriente Médio, incluindo um cessar‑fogo imediato em Gaza”, ressaltando a interligação dos dois conflitos na dinâmica regional.

Implicações Geopolíticas e Energéticas

Com o Golfo Pérsico abrigando reservas estratégicas de petróleo e gás, a instabilidade ameaça elevar preços internacionais e pressionar ainda mais uma economia global já fragilizada pela inflação. As nações do G7 manifestaram‑se prontas a coordenar respostas para minimizar choques no fornecimento energético.

Conclusão

A declaração unânime do G7, somada aos novos acontecimentos — como a eliminação de alto‑comando iraniano e o aumento do número de vítimas civis —, indica disposição ocidental para manter postura firme contra o Irã, ao mesmo tempo em que reforça a urgência de evitar um conflito de escala maior. As próximas negociações diplomáticas, bem como as reações de Teerã e de aliados regionais, serão decisivas para a trajetória deste processo, cuja volatilidade acende preocupações sobre um possível recrudescimento em nível global.


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