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Um policial de segurança indiano vigia a rua após um ataque a turistas em Pahalgam, no sul da Caxemira, em 29 de abril de 2025. REUTERS/Adnan Abidi/File Photo
As autoridades da região da Caxemira administrada pelo Paquistão determinaram o fechamento de todos os 445 seminários islâmicos (madraças) por um período de dez dias, a partir de 30 de abril de 2025. Segundo Hafiz Nazir Ahmad, diretor do Departamento de Assuntos Religiosos local, a medida visa proteger os mais de 26 000 estudantes matriculados, diante de informações de inteligência que apontam para um possível ataque militar indiano à região.
Motivação oficial: o comunicado oficial, datado de 30 de abril, menciona apenas uma onda de calor como justificativa para suspender as atividades nas madraças. No entanto, fontes de segurança temem que a real razão seja a possível rotulagem dessas instituições como “centros de treinamento de militantes” por parte de Nova Deli, o que serviria de pretexto para operações militares contra o território paquistanês na Caxemira.
Risco de conflito: Islamabad afirma dispor de informações críveis de que a Índia planeja uma ação militar em retaliação ao ataque que matou turistas em Caxemira indiana, atribuído pelo governo indiano a paquistaneses ligados a grupos islamistas. Em resposta, o Paquistão advertiu que reagirá “com firmeza e decisão” a qualquer agressão.
Impacto sobre a educação religiosa
As madraças desempenham papel social relevante na Caxemira paquistanesa, oferecendo educação — muitas vezes gratuita — a comunidades com acesso limitado a escolas regulares. O fechamento repentino:
Interrompe o calendário acadêmico de 26 000 alunos, gerando incerteza sobre reposição de aulas e avaliações.
Afeta famílias de baixa renda, que dependem das madraças como alternativa educacional e de assistência social.
Aumenta a tensão social, pois estudantes e professores se veem apreensivos quanto à segurança e ao futuro das instituições.
Reações políticas e humanitárias
Governo de Pakistani Kashmir: declarou que a medida foi tomada “por razões de precaução” para resguardar vidas inocentes, evitando expor crianças a riscos de conflito armado.
Índia: ainda não se pronunciou oficialmente sobre o fechamento, mas mantém a acusação de que grupos militantes baseados em madraças paquistanesas são responsáveis por atentados na Caxemira indiana.
Organizações de direitos humanos: especialistas alertam para o uso político do rótulo “militante” que pode estigmatizar instituições religiosas e justificar intervenções militares, afetando o direito à educação e à liberdade religiosa.
Análise de riscos e cenários
Fator
Cenário otimista
Cenário pessimista
Segurança regional
Desescalada após diálogo diplomático entre Islamabad e Nova Deli
Retaliação militar indiana, com possíveis ataques a infraestrutura civil
Educação
Reabertura após dez dias, com plano de reposição
Prolongamento do fechamento, gerando evasão escolar
Relações internacionais
Mediação de terceiros (ONU, China) para conter crise
Aumento de sanções e isolamento diplomático
Conclusão
O fechamento das madraças na Caxemira paquistanesa reflete a grave escalada de tensão entre Índia e Paquistão, duas potências nucleares com histórico de conflitos na região. Enquanto as autoridades locais enfatizam a necessidade de proteger estudantes, o episódio expõe como instituições religiosas podem se tornar peões em disputas geopolíticas. A curto prazo, o maior desafio será garantir o direito à educação dos jovens afetados; a médio prazo, a comunidade internacional precisa atuar para evitar que a retórica belicista leve a confrontos diretos, com consequências potencialmente catastróficas para a paz e a segurança na Ásia.
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